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Cirurgia de orelha de abano pode ser feita ainda na infância

A orelha de abano é um distúrbio que tem causa hereditária e pode trazer sérios problemas de ordem psicológica, devido a apelidos e até bullyng nas escolas. E o problema é mais comum do que se imagina: acredita-se que 5% da população tem orelha de abano, sem distinção de etnia ou sexo. “A solução para este problema é a operação. Ao contrário do que a cultura popular garante, o uso de faixas não resolve e nem diminui a orelha de abano. E nem ajuda a prevenir”, explica o Dr. Tasso de Lara Donato, cirurgião plástico do CIOM -Centro Integrado Oftalmo-Otorrino do Méier.

Justamente para evitar apelidos, brincadeiras de mau gosto e até o bullyng, o Dr. Tasso recomenda que a operação seja feita na infância, antes mesmo da criança entrar na escola. “O procedimento cirúrgico é simples e geralmente o paciente volta para sua casa no mesmo dia da cirurgia.

A idade ideal para se operar é aos sete anos, mas pode perfeitamente ser aos seis, quando a criança pode começar a enfrentar problemas na escola”, explica ele. O médico do CIOM ressalta, entretanto, que é preciso se certificar que a criança realmente se incomoda com o problema ou é apenas uma queixa da mãe. “Muitas vezes, é a pessoa que se vê assim, e nem sofre com apelidos e brincadeiras de mau gosto”, ressalta.

A cirurgia aproxima a orelha do crânio e cria saliências normais da superfície da orelha que, geralmente, está plana e lisa, sem apresentar relevos. “Fazemos um corte atrás da orelha e é bom que se diga que o resultado da intervenção não é visível. Fazemos uma escultura da orelha pela face posterior da cartilagem, para torná-la mais fracas em alguns pontos e buscar o contorno ideal. Os pontos são feitos na cartilagem da orelha pela parte posterior. As cicatrizes são imperceptíveis”, relata o médico.

O paciente tem alta no mesmo dia e a anestesia é local, no caso de cirurgia em adultos, e geral, para crianças. O dr. Tasso pontua que existe o risco de ter assimetria entre as duas orelhas, pois elas nunca têm o mesmo tamanho e consistência. “Uma simetria de 90% é considerado razoável. Só se consegue 100% em alguns casos”, diz. Ele finaliza lembrando que antes de decidir pela operação, é preciso conversar com um médico especialista e tirar todas as dúvidas.