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Zumbido. É preciso investigar a causa e combater esse mal

Uma das maiores queixas relacionadas à audição é o zumbido. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, basta saber que nada menos do que 28 milhões de pessoas sofrem deste mal no Brasil. “O zumbido é um sintoma causado por várias doenças e fatores. O principal deles é a perda auditiva. Pode ser percebido em uma ou nas duas orelhas, ser constante ou não, causar pouco desconforto ou mesmo interferir nas atividades do dia a dia, de tão incomodo que ele pode ser. O zumbido pode afetar a concentração, o sono e a prática profissional”, alerta o Dra. Camila Dias Angelo, otorrinolaringologista do CIOM.

Segundo ela, para se iniciar um tratamento adequado é preciso que o especialista investigue a causa do zumbido, já que ele é um sintoma, não uma doença em si. Isso significa que há vários tratamentos para resolver o problema. “Em algumas ocasiões, o tratamento medicamentoso dá conta do problema.

Mas as vezes podemos usar a técnica da habituação, ou TRT (tinnitus retraining therapy), tratamento que apresenta uma das melhores taxas de melhora de zumbido para quem se trata corretamente e segue o tratamento até o fim”, diz.

Perda auditiva e zumbido

As estatísticas apontam que a perda auditiva, em diversos graus, está presente em 90% dos pacientes com zumbido. Por outro lado, 67% daqueles que têm perda auditiva apresentam zumbido e pesquisas mostram que 50% destas pessoas consideram o zumbido tão ou mais incômodo que a própria perda auditiva. Com o passar dos anos e o envelhecimento, o zumbido pode atingir 33% das pessoas. “Outro fator para o aparecimento do zumbido é o excesso de exposição ao ruído alto, o que é comum entre jovens que escutam músicas em headphones o dia inteiro e em alto volume”, alerta a médica.

– O diagnóstico do problema é alcançado com anamnese e exames clínicos minuciosos. Inclusive, o médico deve ser informar sobre alterações cardiovasculares, metabólicas, hábitos alimentares, uso de medicamentos e alterações hormonais. O fato é que o zumbido é um sintoma que causa muito desconforto, atuando diretamente na qualidade de vida da pessoa. Mas há solução e um especialista deve ser procurado imediatamente – finaliza a médica do Ciom.


Nova terapia criada na Alemanha: redução do zumbido no ouvido

O zumbido afeta 278 milhões de pessoas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)

Só no Brasil, são 28 milhões de pessoas que sofrem com esse problema. Mas uma nova terapia, criada na Alemanha, promete reduzir o zumbido no ouvido.

O tratamento personalizado faz o paciente ouvir alguns sons por meio de fones e o objetivo do tratamento é “ligar ou desligar” as células nervosas auditivas no cérebro e, assim, fazer com que elas deixem de falhar. O nome dado por seus criadores alemães é Neuromodulação Acústica com Reset Coordenado (Neuromodulação Acústica CR, em inglês)

Este tratamento, garantem seus criadores, reduziu os sintomas do zumbido em 75% dos pacientes num teste clínico realizado na Alemanha. Até agora, o zumbido no iuvido é considerado incurável e, em casos mais graves, pode levar o paciente a perda do sono, depressão e ansiedade.

O objetivo do tratamento é auxiliar o paciente a simplesmente ignorar o barulhinho chato, preservando sua qualidade de vida. “Este trabalho, um marco acadêmico, é o primeiro ensaio clínico em humanos do conceito CR, e seus resultados foram extremamente encorajadores. Como o primeiro tratamento que de fato removeu, em vez de mascarar os sintomas do zumbido, a evidência clínica de sua segurança e eficácia vão abrir caminho para o tratamento de uma gama maior de pacientes”, afirmou Mark Williams, um dos especialistas da Clínica do Zumbido, ao jornal britânico “The Independent”. O tema foi publicado aqui no Brasil no site do jornal O Globo.

O tratamento utiliza fones de ouvido especiais, por algumas horas por dia. Dos fones é emitido uma série de tons afinados, com a frequência característica do tipo de zumbido que aflige o paciente. Daí o tratamento ser individualizado. O objetivo é que essa atitude perturbe os padrões rítimicos de zumbido criados pelas células nervosas auditivas.

Os cientistas alemães fizeram estudo com 63 pacientes, divididos em dois grupos distintos: um recebeu tratamento genuíno e, outro, placebo. Depois, foi pedido à todos que avaliassem a altura e o nível de perturbação causado pelo zumbido, e mediram suas ondas cerebrais. Foi percebida uma melhora significativa entre aqueles que realmente foram tratados, em um prazo de 12 semanas. Entre aqueles que receberam placebo não houve melhora.

Na Alemanha, o tratamento já foi realizado em 2 mil pessoas e, atualmente, começa a ser feito também em Londres, onde pesquisas estão sendo realizadas pela Universidade de Nottingham.